Intencionalidade da Política Industrializante no 1° Governo Vargas
Insuficiência da Explicação Clássica de Furtado para Discutir a
Intencionalidade da Política do Governo Vargas em Favorecer a Industrialização
1. Por restringir ou centrar sua análise nas políticas instrumentais
–monetária, cambial e fiscal – as quais possuem uma lógica própria inerente a políticas de estabilização, Furtado acabou por entender o crescimento da indústria como conseqüência não intencional da política de valorização do café e de manutenção da renda nominal do setor.
2. Entende-se que, se nem sempre estas políticas instrumentais são capazes de evidenciar intencionalidade
3. o mesmo não ocorre com instituições criadas, extintas ou alteradas,. que resultam de atos deliberados, que precisam ser materialmente expressos: a) fisicamente (caso de órgãos, institutos, ministérios, associações); b) pela escrita (caso de leis, códigos e alguns símbolos); c) pela linguagem oral (caso de discursos e entrevistas, por exemplo).
Concepções
Institucionalistas
nas
Áreas
de
Economia
e
História Econômica
1. Contribuição de Veblen, que remonta ao final do século 19,
Commons e Mitchel.
2. Que também influenciou Galbraith e Myrdall, estes mais divulgadores das idéias institucionalistas que propriamente teóricos. 3. A partir da década de 1960, essas idéias ganharam vigor seguindo duas vertentes:
a. Uma, próxima ao neoclassicismo, a chamada Nova
Economia
Institucional, que aproxima o institucionalismo da microeconomia tradicional ao enfocar os custos de transação, a tecnologia e as formas institucionais de organização da firma, as falhas de mercado e os direitos de propriedade, embora crítica aos princípios de racionalidade substantiva e de maximização neoclássicas. Autores como Williamson e Douglass North
b. Neo-institucionalista ou institucionalista evolucionária, volta-se a resgatar a antiga tradição de
Veblen, Commons e Mitchell,