Inteligência Competitiva e o esforço de prestar atenção no ambiente: “varrendo o entorno” com as redes de colaboradores
“Se não enxergamos o todo, podemos atribuir um valor exagerado a uma verdade limitada, prejudicando a nossa compreensão de uma verdade mais geral”. Hegel (1770 - 1831)
Walter Felix Cardoso Junior wfelix@unisul.br Incertezas Conjunturais e a Emergência da Inteligência
Competitiva
A abertura econômica dos anos 90 e o fim da proteção governamental às empresas brasileiras (reserva de mercado), bem como a redução gradual dos impostos de importação e o processo de privatização neoliberal aplicado a setores estratégicos da superestrutura do Estado, são fatos recentes que impactaram a economia brasileira e que vêm exigindo um novo patamar de desempenho nos processos de gestão das organizações empresariais.
Para muitas empresas, porém, a conjuntura econômica complexa decorrente desse processo desestimula investimentos e acirra crescentemente a competição em todos os níveis.
A sobrevivência das organizações empresariais nesse ambiente depende, muitas vezes, da capacidade de perceber, antecipadamente, o que ocorre ao
seu redor, em termos de tendências de consumidores, produtos e serviços que entram
no
mercado,
novas
diretrizes
governamentais
e
as
movimentações dos rivais nos negócios.
Em verdade, embora a maioria delas se esmere em seguir as recomendações dos gurus da administração, não existe mais garantia de sucesso para as empresas, que precisam saber cada vez mais sobre menos, particularmente sobre as transformações que ocorrem no seu entorno e que desdobram reflexos em cascata na indústria em que atua, nos consumidores de seus produtos e nos próprios colaboradores.
Como o mercado é na prática uma arena onde as organizações se digladiam, deve ser entendido que algumas ao longo do tempo crescem, vencem e se tornam pujantes, ao passo que outras definham, perdem e desaparecem.
Um dos fatores