Integração Regional na CELAC
Apesar de ter sido criada apenas em 2011, a CELAC é um marco para as relações entre os países latino-americanos, sendo motivo para vários avanços, e, também, para várias controvérsias. Para a América Latina, o sucesso deste bloco representa a decadência de sua definição de “quintal” estadunidense para emergir e assumir um papel de destaque na política internacional, especialmente em um momento em que a hegemonia estadunidense se encontra em declínio e a União Europeia enfrenta calamidades internas.
Devido ao seu caráter regional, este bloco reúne diversos líderes latino-americanos e caribenhos, com o intuito de discutir assuntos que são completamente relevantes para a área destes, estabelecer propostas e metas. A importância nesses encontros é o fortalecimento de um canal de diálogo, possibilitando uma comunicação mais direta e auxiliando na criação de uma base de confiança entre os países. Esse é um dos principais objetivos de qualquer bloco regional, e com essa confiança, há um favorecimento nas relações entre seus membros.
A CELAC tem como característica marcante a participação exclusiva de países latino-americanos, incluindo até mesmo Cuba. Graças a este fato, qualquer medida tomada para uma maior integração regional seria de responsabilidade dos próprios países envolvidos, sem qualquer influencia externa. O reitor da Universidad Para La Paz, Francisco Rojas Aravena, define este benefício brilhantemente da seguinte forma:
“A criação de um foro exclusivamente latino-americano poderia eliminar, ou ao menos diminuir, o tom fortemente ideológico que se imprime às Cúpulas hemisféricas, onde muitas das discussões estão centradas em atacar as ações anti ou pró-imperialistas”
Outro ponto que ressalta a importância da CELAC nesse contexto é a crise econômica estadunidense, que causou o declínio de sua suposta hegemonia mundial. A União Europeia também enfrenta severos problemas, tanto no setor econômico de alguns países