Integração do negra na sociedade de classes- uma análise
O presente trabalho aborda de forma literal a forma como emerge na história o Povo, mais especificamente o povo negro e mulato, os quais tiveram um ponto de partida para sua integração ao regime social da pior maneira possível, sendo este, herdado pela desagregação da ordem social senhorial e escravocrata, bem como do posterior desenvolvimento do capitalismo no Brasil.
Os resultados da investigação são de extrema importância para entendermos os dilemas morais e materiais tanto da democratização das relações raciais quanto da própria democracia no Brasil.
O livro se divide em duas partes: a primeira que abrange o período que vai de 1880 à 1930 e a segunda parte que compreende o período onde a ordem social competitiva se torna uma espécie de expurgo que vai de 1930 à 1960.
A escolha da ordem social competitiva não surge de qualquer convicção do autor de que esta proporciona soluções para o dilema racial no Brasil. Segundo o autor o futuro da lavoura era o motivo que mantinha a preocupação pelo destino do escravo.
Com a desagregação do regime escravocrata, o liberto, se torna responsável por si mesmo, bem como por seus dependentes, nem o Estado,nem a Igreja ou qualquer outra Instituição assumiu encargos que possibilitassem a preparação dos libertos ao novo regime de organização do trabalho e de suas próprias vidas. Tais características imprimiram à Abolição o caráter de uma espoliação cruel e extrema.
Segundo o autor, o futuro da lavoura era o motivo que mantinha a preocupação pelo destino do escravo.
Temos que ter em vista que a revolução abolicionista eclode como um processo histórico que condenava o antigo regime, mas por sua própria natureza não passava de uma mera massa de repercussão pelos brancos.
Os ex-escravos concorriam no mercado de trabalho com os trabalhadores nacionais que formavam um exército de reserva, além da mão-de-obra importada da Europa. Segundo o autor tais fatores explicavam a necessidade por medidas compulsórias, que de