Insulinoterapia no Diabetes Mellus tipo 2

Insulinoterapia no diabetes mellitus tipo 2: quando e como iniciar

Publicado em 31/01/2008

International Clinical Medicine
Salluh et al, Int Clin Med 2008, Vol1, A2
Abstract
O diabetes mellitus (DM) é uma doença de proporções epidêmicas que atinge atualmente cerca de 170 milhões de pessoas no mundo e com um crescimento importante em sua prevalência, sendo a estimativa para 2025 de 333 milhões de casos.1 A cada 24 horas, surgem 4.100 novos casos de diabetes e ocorrem 20 amputações, 55 casos de cegueira, 120 de insuficiência renal e 810 óbitos associados ao DM tipo 2, sendo mais de 60% por doença cardiovascular. O diabetes mellitus representa, ainda, a principal causa de cegueira e insuficiência renal.2 Dois grandes estudos demonstraram o papel do controle intensivo na redução das complicações crônicas em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2).3-5 Esses estudos ajudaram a estabelecer metas para o controle metabólico em pacientes com DM2, sendo elas: hemoglobina glicosilada (HbA1c ) < 7%, glicemia de jejum entre 90 e 120 mg/dL e glicemia pós-prandial < 180 mg/dL. É importante ressaltar também que um controle intensivo dos níveis de pressão arterial, redução de LDL-colesterol e triglicerídeos, além de manutenção do peso ideal e uso de aspirina, contribuem para uma redução do risco de desenvolvimento de doença cardiovascular associada ao diabetes.6

Dificuldades no tratamento do paciente com diabetes mellitus tipo 2
Existem várias razões que explicam a dificuldade em atingir os níveis ideais de controle metabólico. Sabemos que o DM2 é uma doença progressiva, caracterizada por hiperglicemia decorrente de duas principais disfunções, a perda da capacidade de secreção de insulina pela célula beta pancreática e a resistência insulínica, representada pela redução da sua atuação em tecidos hepático, muscular e gorduroso.7 Isto demonstra a importância da utilização correta dos hipoglicemiantes orais (HGOs) associados, quando necessário, à