Instrumentos E T Cnicas De Atua O Profissional
A instrumentalidade do Serviço Social
Síntese
Expressar que se quer alcançar não significa que eles necessariamente serão alcançados os objetivos. Nunca podemos perder de vista que qualquer ação humana está condicionada ao momento histórico em que ela é desenvolvida. A realidade social é complexa, heterogênea e os impactos de qualquer intervenção dependem de fatores que são externos a quem quer que seja – inclusive ao Serviço Social. É importante ter essa compreensão para localizarmos o lugar ocupado pelos instrumentos de trabalho utilizados pelo Assistente Social em sua prática.
Os objetivos profissionais construídos a partir de uma reflexão teórica, ética e política e um método de investigação que definem os instrumentos e técnicas de intervenção são as metodologias de ação, conclui-se que essas metodologias não estão prontas e acabadas. Elas são necessárias em qualquer processo racional de intervenção, mas elas são construídas a partir das finalidades estabelecidas no planejamento da ação realizado pelo Assistente Social. Primeiro, ele define “para quê fazer”, para depois se definir “como fazer”.
Na definição clássica, a observação é o uso dos sentidos humanos (visão, audição, tato, olfato e paladar) para o conhecimento da realidade. Mas não o uso ingênuo dos sentidos, e sim, um uso que tem como objetivo produzir um conhecimento sobre a realidade – tem-se um objetivo a alcançar.
Porém, o Assistente Social, ao estabelecer uma interação face a face, estabelece uma relação social com outro ser humano, que possui expectativas quanto às intervenções que serão realizadas pelo profissional. Assim, além de observador, o profissional também é observado.
A entrevista nada mais é do que um diálogo, um processo de comunicação direta entre o Assistente Social e um usuário (entrevista individual), ou mais de um (entrevista grupal). Contudo, o que diferencia a entrevista de um diálogo comum é o fato de existir um