Institutogamaliel
http://www.institutogamaliel.com/portaldateologia/desenterrando-um-imperio-parte-2/teologia
Desenterrando um império (parte 2)
Quando Henry Sayce afirmou que os heteus do Antigo Testamento eram o mesmo povo que deixou diversos rastros na região da Ásia Menor, muitos dos acadêmicos da época lhe conferiram o título de “o inventor dos hititas”.
Evidentemente, os “homens de ciência” da época (e de hoje também) achavam simplória demais a opinião de um erudito fundamentada na Bíblia e nas suas pesquisas de campo.
Curiosamente, as fontes egípcias da época registravam informações surpeendentes sobre o assunto. Tutmoses III, importante faraó da 18ª dinastia (Ca. 1450 a.C.), foi forçado a pagar tributo ao povo de Heta. Da mesma forma, vários relevos nos templos e palácios do país dos faraós registravam as importantes vitórias de Ramsés II sobre os Hititas, na famosa Batalha de Kadesh (ilustração acima), na Síria.
Mas não foram apenas os egípcios que travaram batalhas contra esse povo. O rei assírio Tiglat Pileser I (Ca.
1100 a.C.) gloriava-se em seus registros de ter vencido diversos combates na “Terra de Hatti”. As mencões a esse povo só desapareceram em 717 a.C., quando Carchemish, uma das principais cidades hititas, foi destruída.
Entre Tutmes III e a destruição de Carchemish há um período de 700 anos. Seria possível a um pequeno império travar poderosas batalhas com grandes potências como Egito e Assíria? Dificilmente!
Hugo Winckler: a pá alemã em Boghazköy
A confirmação da teoria de Sayce veio por meio dos esforços de um arqueólogo alemão. Seu nome, Hugo
Winckler (1863-1913). Os trabalhos foram realizados em Boghazköy, a cidade que foi visitada pelo francês
Texier, como vimos anteriormente. Se as pesquisas de Texier foram sem sucesso, o mesmo não se pode dizer daquelas feitas por Winckler, em 1906.
As escavações arqueológicas naquela época eram extremamente precárias. A região era extremamente quente durante o dia, e o frio a noite era