Instituições: "O Desafio Pendente"
Dentro do contexto do que se entende por instituições, conforme a já notória definição de Douglas North , o Brasil se situa na dualidade de ter algumas instituições com bom funcionamento – como o Banco Central -, enquanto experimenta outras em uma situação quase caótica – como no caso do poder judiciário. O Brasil exige, para sustentar um alto crescimento, maiores taxas de investimento do que vem logrando. Historicamente, o desempenho nacional mostra que isso não necessariamente está ligando exclusivamente a necessidade de aumentar a poupança. O que se visa salientar, é que para alcançar tal objetivo supracitado, deve-se remover barreiras que inibem a realização de negócios e investimentos no país. Dentre os fatores restritivos do bom funcionamento no ambiente de negócios, destacam-se diversos pontos ligados ao mau funcionamento institucional, como, por exemplo, a burocracia pública ineficiente. O papel das instituições como “árbitro” do desempenho econômico-social e político ganha cada vez mais força nos estudos sobre o assunto (embora já tivesse espaço entre as obras clássicas). Um dos pontos mais importantes refere-se ao fato de que as instituições têm um grande papel dentro da reforma necessária para se prolongar e manter um longo ciclo de crescimento, através do aumento de produtividade. De maneira enfática, Lisboa (2011) afirmou que a análise de um governo não se deve levar em consideração suas ações imediatas em execução, mas sim dos seus resultados no longo prazo. Contextualizando, pode-se destacar o impacto defasado do PAEG e a necessidade do governo FHC em melhorar a institucionalização brasileira. Em se tratando do governo FHC, o foco se deu nas microinstituições, necessidade criada pelo passado que carregou o Brasil para o patamar de um dos países menos integrados do sistema econômico mundial, dado o excesso de estatismo e fechamento da economia. A herança negativa se conferiu com o baixo