Instituição Familia
A mim me dá pena e preocupação quando convivo com famílias que experimentam a “tirania da liberdade” em que as crianças podem tudo: gritam, riscam paredes, ameaçam as visitas em face a autoridade complacente dos pais que se pensam ainda campeões da liberdade. (Paulo freire) A sociedade contemporânea vive uma crise de valores éticos e morais sem precedentes. Essa é uma certificação que todos percebem e vivenciam de alguma forma. O fato de ser uma educadora e participar do processo educativo por várias décadas, não me causa surpresa, pois é no ambiente escolar onde se manifestam as tensões e os impactos das transformações da vida em sociedade.
Atualmente, o sistema educacional brasileiro promove reflexões e discussões entre os educadores sobre questões como falta de “limites”, desrespeito em sala de aula, desmotivação dos alunos, entre outros. Observam-se professores cansados, e, muitas vezes, doentes física e mentalmente. Outros convivem com o sentimento de frustração, por planejarem projetos educacionais carregados de intencionalidade, mas não vivenciarem seus bons resultados.
Não há como desconsiderar que os acontecimentos atuais estão relacionados com a acelerada mudança no contexto social. O sistema educacional brasileiro, mergulhado numa avalanche de exigências, ainda caminha de forma incipiente para atender às novas demandas sociais, que não são poucas, e que não dependem apenas da instituição escola, mas também de outras instituições responsáveis pela formação integral das novas gerações.
Por esse motivo, nas discussões e reflexões na escola, sempre há espaço para essa temática, na tentativa de compreender esse panorama tão complexo que afeta a educação, por ser no ambiente educacional onde as crianças e os jovens passam um grande tempo de sua vida. A escola não pode assumir sozinha toda responsabilidade de situações de conflitos existentes nas relações sociais, mas deve envolver a