Inspetor Geral

Trata-se de uma peça teatral cuja história transcorre em uma pequena cidade na Rússia, em meados do século XIX. Surge na pequena cidade russa rumores sobre a vinda de um alto funcionário oriundo de São Petersburgo, um inspetor geral, com a finalidade de realizar uma investigação. Autoridades, funcionários públicos, fazendeiros e outros cidadãos desse lugarejo reagem com espanto e medo ante os boatos. Diante dos rumores suscitados, começam a tomar providências para esconder os vários desvios de conduta e melhorar a aparência das coisas no local, com o intuito de ludibriar o tal funcionário. Pode-se citar, como exemplo, a seguinte passagem na fala do prefeito: “os gorros devem estar limpos para que os doentes não pareçam ferreiros como sempre”. Além de tentar mascarar as mazelas e imperfeições que ocorriam no hospital, outras tratativas a esse respeito foram tomadas no tribunal, na prefeitura, na escola e em outras repartições públicas. Até violação e interceptação de correspondências eram realizadas pelo chefe dos correios. O andamento das atividades rotineiras da cidade é interrompido abruptamente pela notícia que um estranho chegara de São Petersburgo há duas semanas e estava abrigado na hospedaria local.
Entretanto, esta pessoa, não era o inspetor geral, mas sim, Ivan Aleksándrovitch Khlestakóv, um funcionário de uma repartição da capital que estava de passagem. Esse indivíduo estava viajando para visitar seus familiares em outra cidade russa do interior. Só ficou hospedado nessa cidade por não ter mais dinheiro para prosseguir. A aristocracia local é dominada pelo temor das conseqüências que a visita do forasteiro poderia causar. O visitante é confundido com o inspetor geral. Durante certo tempo o forasteiro não percebe a confusão que estava se formando por sua presença. Ante as regalias e benesses oferecidas pela elite provinciana, como jantares e cordiais saudações, o falso inspetor tira proveito da confusão formada, solicitando quantias em