INSERÇÃO DO PSICÓLOGO NOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE: COMO TRABALHAR COM UM DOS PROBLEMAS DA SOCIEDADE BRASILEIRA
Londrina
2014
O trabalho do psicólogo vem a cada dia mais sendo valorizado e conceituado pela sociedade. Mas daí decorre um problema: a formação acadêmica do psicólogo para lidar com questões sociais, onde várias pessoas são envolvidas.
Não é nenhuma novidade a questão dos problemas sociais no Brasil, principalmente da saúde pública. Diariamente podemos ver exemplos claros da desigualdade presente em nosso país.
No presente trabalho problematiza-se a prática da psicologia compatível com a organização da saúde no SUS e os desafios que surgem na inserção do psicólogo na saúde coletiva.
A inserção dos psicólogos na sociedade menos favorecida é uma iniciativa do Estado para a melhoria da qualidade da assistência á saúde mental, orientadas pela busca por diminuir os custos hospitalares e ampliar as atenções primárias e secundárias. (Bastos & Achcar, 1994; Dimenstein, 1998; Lo Bianco, Bastos, Nunes & Silva, 1994).
Segundo Dimenstein (1998), vários fatores foram decisivos para inserir o psicólogo nos serviços públicos de saúde, como a diminuição da procura da população menos favorecida por consultórios de psicologia, o que estava causando o seu empobrecimento; a psicologização da sociedade, que é uma busca de parâmetros, regras e orientações que dão sentido a aspectos significativos da vida.
De acordo com Paiva e Yamamoto, muitos psicólogos visam uma mudança social, mas na maioria das vezes, não sabem por onde começar. Há um despreparo para esse tipo de trabalho, decorrente da formação profissional oferecida nos cursos de Psicologia, que não visam trabalhar com o coletivo, e sim, com o pessoal. Segundo Silva (1992), inclui-se o fato de as propostas clínicas apresentadas durante a graduação em Psicologia serem direcionadas por parâmetros de classe média, usados para valores