Inseminação Humana Assistida
Com o intuito de se fazer a compreensão da introdução dessa nova forma de fertilização na atualidade faz-se necessário um breve histórico das técnicas de reprodução assistida utilizadas hoje em dia e seus destaques históricos no mundo e no Brasil.
1.1 Evolução da Inseminação Humana Assistida
Nascer, crescer, trabalhar, casar e constituir família. Esse é o plano de vida esperado e considerado um estigma para nossa atual sociedade. Não se enquadrar em uma dessas fases acaba frustrando a expectativas de vida de um cidadão e o faz-se sentir excluído socialmente.
A infertilidade é uma dessas frustações de expectativas de um casal que é bem ressaltado por Leite, sobre a impossibilidade de gerar sua própria prole:
“Frustram-se também todos os projetos do casal quando a aguardada chegada não ocorre. Os planos desaparecem, o desejo de que o filho preencha lacunas, realize seus mais intensos sonhos, compense suas deficiências e fracassos, seja portador de benesses e felicidade esvai-se no espectro da infertilidade.” (LEITE, 1995, pag.24)
Ter filhos, para maioria, é uma realização pessoal além de ser um desejo inato e está presente na vida do ser humano desde as épocas mais remotas independente de cultura e de crença em que esse casal pertença.
A incapacidade de procriar representa uma falha em atingir o destino biológico e é vista como um fator negativo o qual provoca a degradação do grupo familiar e social.
A esterilidade era considerada uma maldição atribuída à cólera dos antepassados, e principalmente a mulher estéril era considerada como algo maldito e devia ser banida do convívio social. Diferente da esterilidade, a fertilidade era algo benévolo já que o nascimento de um filho estava ligado a ideia de fortuna, riqueza, alegria, privilégio e uma dádiva divina. (Leite, 1995, pag.17)
Segundo Moura, Souza e Scheffer:
“Atesta-se a importância dada à infertilidade desde esses tempos bíblicos. Abraão vive como