Inovar
Talvez um dos principais cases das últimas três décadas no mundo corporativo seja o surgimento, ascensão e sucesso mundial alcançado pelo Cirque du Soleil, cuja trajetória acabou virando Best Seller e ponto focal da estratégia sobre como criar uma demanda inexistente, num segmento em franca decadência, obter sucesso, se consolidar na liderança e depois de anos continuar inovando e permanecendo no topo, mesmo que, de alguma forma o “oceano navegado não seja tão azul como antes”.
Tomando como base as 5 forças competitivas de Porter (1986), as estratégias competitivas e a cadeia de valor, focaremos na forma como a inovação pode se transformar em sucesso corporativo (lucro).
Cinco forças competitivas
De modo a facilitar a compreensão partimos das 5 forças competitivas de Porter (1986) e suas aplicabilidades diretas na trajetória do Cirque Du Soleil.
• O Grau de rivalidade entre as empresas
Talvez a força competitiva mais relevante e que, pelo processo de criação e inovação do Cirque, seja ainda hoje pouco sentida. Com o advento do computador pessoal, dos vídeo games e outros novos tipos de entretenimento, o modelo de negócio do circo entrou em declínio, o interesse do público infantil diminuiu e a utilização de números com animais já começava a gerar críticas fortes de organizações e da própria sociedade. A rivalidade, neste caso, não era com o concorrente direto, mas com as mudanças que o mundo globalizado começava a expor cada vez mais rápido. O negócio precisava ser reinventado, do contrário, estaria fadado ao fracasso e marginalização das atividades em locais menos favorecidos e com poucas perspectivas de gerar uma lucratividade que se revertesse em crescimento.
Criou-se um novo nicho, inexistente até então, de espetáculos meio circenses, meio teatrais, voltados ao público adulto, com custos substancialmente superiores aos que existiam. Desenvolveu-se um novo tipo de profissional de circo, não somente artista, mas atleta em primeiro lugar,