Inovar nao e criar
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Reportagem / Entrevista
Inovar não é criar
Especialista belga diz que a inovação pode ser copiada. Mas a criatividade exige que se abra mão das velhas certezas
Época Negócios
Uma empresa que queira prosperar na era do conhecimento tem pela frente dois desafios. O primeiro é inovar seus produtos e processos, objetivo que domina corações e mentes no mercado global. O outro, tornarse mais criativa, tarefa que não é enfrentada com o mesmo entusiasmo. O filósofo e consultor belga Luc de Brabandere, autor de O
Lado Oculto das Mudanças (Editora Campus), defende a separação dos conceitos de inovação e criatividade. Inovar é mudar a realidade, o que se consegue mesmo sem criatividade – quando se copiam ações de outros setores, por exemplo. Ser criativo é transformar a percepção que se tem sobre o próprio negócio. Essa empreitada foi cumprida com louvor por companhias como a IBM ou a Apple, que souberam se reinventar para enfrentar a ameaça asiática e dar conta dos avanços tecnológicos. Para chegar a esse estágio é preciso superar estereótipos que, embora ajudem a organizar nosso pensamento, funcionam como barreiras à criatividade. Leia a seguir a entrevista de Brabandere, sócio do Boston Consulting Group, a Época NEGÓCIOS.
Luc de Brabandere
Cargo>>>sócio do escritório francês do Boston Consulting
Group Formação>>>matemático e engenheiro de tecnologia da informação. Possui mestrado em engenharia civil e doutorado em filosofia pela Universidade
Católica de Louvain, na Bélgica
O senhor afirma que inovação e criatividade precisam ser vistas
Trajetória>>> foi chairman do como conceitos diferentes. Por que essa separação? Aos 40 anos,
National Geografic Institute e abandonei meu trabalho em bancos para me dedicar à minha paixão, quediretor-geral da Bolsa de Valores era estudar a criatividade. Nos dez anos seguintes fiz psicanálise, de Bruxelas