INICIO DO SERVICO SOCIAL

No Brasil, até 1930, não havia uma compreensão da pobreza enquanto entendimento e expressão da questão social, quando esta emergia para a sociedade, era tratada como “caso de polícia” e problematizada por intermédio de seus aparelhos repressivos. Na década de 1980, após vinte anos de ditadura militar, o Brasil passou a viver uma abertura política. A censura foi aos poucos se desfazendo, surgindo novos partidos políticos, os movimentos sociais se reorganizavam, os sindicatos se fortaleciam e as demandas populares ganhavam um novo cenário político. Quando o Serviço Social surgiu no Brasil, na década de 30, registrava-se no país uma intensificação do processo de industrialização e um avanço expressivo do desenvolvimento econômico, social, político e cultural. Tornaram-se mais intensas também as relações sociais peculiares ao sistema social capitalista. A práxis profissional teve suas origens no contexto do desenvolvimento capitalista e do agravamento da questão social. As aspirações por uma sociedade mais justa e igualitária foram canalizadas para a Assembléia Nacional Constituinte, convocada em 1986 para a elaboração da nova Constituição do país.

A primeira grande regulação da assistência social no país foi a instalação do Conselho Nacional de Serviço Social – CNSS - criado em 1938. Com a expansão do capital e a pauperização da força de trabalho, as práticas assistenciais de benemerência foram apropriadas pelo Estado direcionando dessa forma a solidariedade social da sociedade civil. As décadas de 1960 e 1970, revela a elevada expansão da renda nacional per capita combinada com a forte expansão da desigualdade de renda pessoal. Na perspectiva de construção das bases materiais de um Estado de Bem Estar Social, no entendimento de um Estado a serviço do interesse público, a CF/88 alargou os direitos sociais e o campo da proteção social sob responsabilidade estatal, com impactos relevantes na política, na forma de financiamento, seleção de