Inicio da vida democrática egípcia
Os egípcios estão indo às urnas em sua primeira eleição presidencial livre, 15 meses depois de derrubar Hosni Mubarak no levante da Primavera árabe.
Cinquenta milhões de pessoas têm direito a voto, e as filas estão se formando em seções eleitorais. A votação dura dois dias e, caso nenhum candidato consiga a maioria dos votos, haverá segundo turno, em junho.
A junta militar que assumiu o poder presidencial em fevereiro de 2011 prometeu uma votação justa e um regime civil.
Até 2005, as eleições no Egito antes eram indiretas, com o presidente escolhido pelo Parlamento e ratificado por consulta popular, tida como claramente fraudulenta pela oposição e por observadores internacionais. A partir daquele ano, houve eleição direta, mas a Irmandade Muçulmana, principal partido de oposição, era considerada ilegal. O pleito de 2012 seria o primeiro live, não manipulado, da história do país.
A eleição opõe islamitas a secularistas, e revolucionários a ex-ministros de Mubarak.
Os principais candidatos são os seguintes:
• Ahmed Shafiq, antigo comandante da força aérea e primeiro-ministro durante os protestos de fevereiro de 2011
• Amr Moussa, que foi ministro das Relações Exteriores e chefe da Liga Árabe
• Mohammed Mursi, que lidera a Irmandade Muçulmana e o Partido da Justiça e Liberdade
• Abdul Moneim Aboul Fotouh, candidato independente islâmico
Até que uma nova Constituição seja aprovada, não está claro que poderes o presidente terá o que provoca temores de atrito com os militares.
'Escolha livre'
A votação começou pontualmente às 8h, hora local (06:00 GMT), com filas crescentes em muitos dos locais de votação no Cairo.
"É um grande dia", disse uma mulher à BBC. "Este é um grande momento para os egípcios mudarem (o país)."
Outra mulher, ao ser questionada sobre por quanto tempo estava esperando para