Iniciação
Este estudo tem o objetivo de analisar os impactos de 197 projetos sociais implementados pela Rede Parceria Social (RPS), edição de 2007-08, sobre a economia do Rio Grande do Sul. A abordagem metodológica utilizada foi a da matriz de insumo-produto, que permite a estimação dos efeitos diretos, indiretos e induzidos sobre a economia gaúcha. Isso possibilita uma avaliação ampliada do campo de influência dos dispêndios executados pela Rede sobre algumas variáveis econômicas básicas, como o Valor Bruto da Produção (VBP), o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego, o nível de rendimento das famílias gaúchas e o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). As múltiplas áreas de atuação dos projetos da Rede foram sintetizadas em quatro blocos de indicadores socioeconômicos, conforme o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese), quais sejam: Educação, Renda, Saneamento e Domicílios e Saúde. Os resultados dessa classificação apontam a concentração dos projetos nas áreas de Educação, Renda e Saneamento e Domicílios, com participações respectivas de 38,7%, 33,5% e 21,1% no total de projetos implementados, enquanto, para a Saúde, foram destinados 6,7%. Em termos de distribuição espacial, os projetos da RPS situam-se em 65 municípios gaúchos, o que corresponde a uma cobertura de 13,1% do território estadual. Isso implica um maior nível de concentração do que tem a atividade econômica do Rio Grande do Sul medida em termos de PIB. Um dos fatores que explicam essa característica é a correlação espacial positiva entre o número de projetos da Rede e a densidade demográfica dos municípios gaúchos, isto é, os projetos tendem a se localizar na vizinhança ou em municípios com maior densidade demográfica. Considerando-se o grau de desenvolvimento socioeconômico dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) medido pelo Idese, observa-se que 48,7% dos projetos (ou 96 projetos) se encontram em regiões que detêm indicadores menores do que o