Iniciação a prática filosófica Locke
CURSO: Iniciação a Prática Filosófica
TURMA: A
PROFESSOR: André Luis Muniz Garcia
JOHN LOCKE
ENSAIO ACERCA DO ENTENDIMENTO HUMANO
INTRODUÇÃO
John Locke em sua obra busca estabelecer a origem, a natureza e o valor do conhecimento humano examinando o homem e busca definir os limites dentro dos quais o intelecto humano consegue trabalhar. Para isso Locke tem o argumento de que todas as ideias derivam sempre e apenas da experiência e que não existe nenhuma forma de inatismo. Ele gera esse argumento após examinar as capacidades, as funções e os limites do intelecto humano.
A) Por que não há cognição inata? Quais argumentos Locke emprega contra tal hipótese?
Os pensadores que antecedem Locke defendem que é necessário um “consenso universal” de certas ideias e princípios para que se tenha uma cognição inata. Porém Locke nos diz “este argumento de anuência universal, usado para provar princípios inatos parece-me uma demonstração de que tal coisa não existe, porque não há nada passível de receber de todos os homens um assentimento universal” 1. Isto fica evidenciado no fato de que as crianças e os deficientes não têm de modo nenhum consciência do princípio de identidade e de não contradição.
Os princípios morais fundamentais e a ideia de Deus que outros julgavam como inatas, são refutados ao encontrarmos povos que ao contrariarem os princípios morais não sentem remorso algum e não possuem um Deus ou uma divindade que não possuem cultos ou religião.
B) Qual seria a origem das ideias? E o que Locke entende propriamente sob tal conceito?
As ideias possuem origem no conhecimento e este vem da experiência interior e exterior como nos diz Locke: “Todo o nosso conhecimento está nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio conhecimento” 2. Sendo as idéias simples de sensação (extensão, figura, movimento...) derivam da experiência externa