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COGNATOS ENGANOSOS? DESFAZENDO A
CONFUSÃO TEÓRICA ATRAVÉS DA PRÁTICA
Marilei Amadeu SABINO1
• RESUMO: O objetivo deste trabalho é, primeiramente, apresentar algumas discussões referentes aos termos “falsos cognatos “falsos amigos e “cognatos enganosos Em falsos cognatos”, falsos amigos” cognatos enganosos”. um segundo momento, após concluirmos que os termos “falsos cognatos” e “cognatos enganosos” referem-se a dois fenômenos lingüísticos diferentes, propomos definições distintas para cada um deles, ilustrando com exemplos da prática, baseados na Teoria dos
Conjuntos Matemáticos.
• PALAVRAS-CHAVE: Falsos cognatos; falsos amigos; cognatos enganosos; dicionários bilíngües; tradução.
Introdução
Por meio da literatura sobre os falsos cognatos percebemos que não havia cognatos, uma conceituação teórica do termo que fosse livre de contradições e a compreensão do que realmente são vocábulos falsos cognatos parece ainda ser bastante confusa. Geralmente as expressões falsos cognatos e falsos amigos são consideradas sinônimas e por isso são utilizadas para designarem um mesmo fenômeno lingüístico.
Constatamos que não havia uma definição adequada e que fosse de aceitação unânime sobre essa questão. Por um lado, havia quem se baseava na etimologia para identificar um “falso cognato” (RÓNAI, 1983), aqueles que desconsideravam a importância de sua origem e outros autores que, ao classificarem vocábulos como “falsos cognatos”, incluíam, em sua definição, tanto os vocábulos com etimologia comum, quanto aqueles sem etimologia comum (XATARA;
OLIVEIRA, 1995).
1 UNESP – Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas – Departamento de Letras Modernas – 15054-000
– São José do Rio Preto – SP – Brasil. Endereço eletrônico: amadeusm@ibilce.unesp.br
Alfa, São Paulo, 50 (2): 251-263, 2006
251
Se partirmos da etimologia do vocábulo cognato constatamos que este cognato, originou-se do latim cognatu(m) que é a