Infância, Modernidade e Contemporaneidade
Trabalho em grupo apresentado para pontuação na Disciplina Psicologia e Aprendizagem, ministrada pela professora Amana Mattos, do curso de Graduação em Psicologia da Universidade do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro
2013
Discuta a importância do objeto "infância" para a Psicologia científica do séc. XX, destacando de que maneira esse estudo articula-se ao projeto científico moderno da Psicologia.
Surgimento do conceito de infância O conceito de infância e suas consequências socioculturais surgiram somente no século XVII, na transição da Idade Média para a Modernidade. Anteriormente, as crianças eram tratadas como "pequenos adultos" e partilhavam dos ciclos sociais adultos sem barreiras. A partir daí o que se entendia por infância foi sofrendo modificações sociais, temporais e culturais e por isso, para se pensar na infância dos tempos atuais, é preciso um estudo cuidadoso dos fatores que envolveram essas mudanças. Com a Modernidade, surge um modelo social de crença na razão e na objetivação do mundo, que determina os modos de vida dos sujeitos através de instrumentos de controle, amparados numa noção progressista em que a voz da ciência é um saber tido como verdade. A Psicologia, nesse contexto, tenta emergir como ciência e se alia a esse discurso positivista no trato aos seus objetos de estudos. Nessa “sopa” cultural moderna, a noção de infância se articula com esses discursos, tendo como marco o estrondo causado pelo livro “A Origem das Espécies” (1859) de Darwin, que é associado distorcidamente com a noção de evolução da espécie humana, dando início a estudos do desenvolvimento do homem, e assim da criança, legitimado por um saber científico. Esse discurso no século XIX dá origem a um Darwinismo Social, que irá nortear muitos estudos científicos baseados em noções de supremacia dos “mais aptos” e segregação dos “menos aptos”. Isso engatilha uma ideia de que o homem deveria ser entendido através de um