Informação e motivação
Saber onde se quer ir, saber onde se está, ser reconhecido por ter chegado: condições para um estado permanente de motivação; práticas clássicas da Administração permanecem verdadeiras em nossos dias embora algumas empresas ainda deixem de observá-las.
Às vezes ouvimos dizer que a motivação vai de dentro para fora, que é algo que não pode ser gerado externamente. Se for por aí, devemos também aceitar que a desmotivação também é uma coisa interior, que nasce sozinha e misteriosamente dentro da gente. Esta posição pode ser um tanto perigosa, pois ela tende a nos eximir da responsabilidade de criar um ambiente propício à satisfação e desempenho dos colaboradores. Na verdade tanto a motivação como a desmotivação têm pai e mãe: tanto podem existir fatores interiores que influem na nossa relação com o trabalho (por exemplo, alguém finalmente admite para si mesmo que não gosta do que está fazendo), como também existem coisas que estão fora da gente e que contribuem - e muito -, para a nossa satisfação ou desânimo com o que fazemos.
Para ficar só nos fatores externos, é fácil lembrar de coisas ou chefes que nos motivam ou desmotivam. Mas o estilo dos chefes (egocêntricos, autoritários, rudes, etc.), ficará para outra conversa. Gostaríamos apenas de lembrar que não somos sempre as vítimas dos chefes no ambiente de trabalho. A esta altura das nossas vidas, muitos de nós somos chefes também, e podemos estar inadvertidamente revestidos do papel de algozes. Mas, como dissemos, isso será assunto para outra hora.
Este artigo vai tratar de como a informação e a comunicação podem afetar positivamente o nosso ânimo e desempenho. Vejamos três dimensões desse estilo de gestão:
1. Saber aonde se vai - Ah, quantas vezes não ouvimos alguém dizer baixinho e de dentes trincados: “Esta empresa está sem rumo!”. E muitas vezes nós mesmos nos sentimos desorientados, não sabendo como contribuir mais, ou atônitos frente a decisões aparentemente sem