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A descoberta vai contra os argumentos da indústria de que apenas adultos prestam atenção à propaganda de álcool, escreveu Snyder na publicação Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine. Os pesquisadores conduziram quatro rodadas de entrevistas, entre 1999 e 2001, com um grupo de 1.872 jovens escolhidos ao acaso. O estudo foi divulgado nos feriados de Ano-novo, comumente associados ao consumo excessivo de álcool.
Outra descoberta é que, para cada dólar adicional per capita gasto na publicidade de álcool em um mercado particular, os participantes do estudo bebiam 3% a mais por mês. Nos mercados com grande quantidade de anúncios, mais de US$ 10 per capita por mês, o consumo de álcool cresceu progressivamente até chegar a 50 drinques por mês aos 25 anos.
O estudo mediu a exposição a cada uma das quatro mídias: televisão, rádio, revistas e outdoors. "Os resultados também contradizem os argumentos de que a propaganda não tem relação com a quantidade consumida por jovens, de que, no máximo, a publicidade provoca a mudança de marcas, só afetas pessoas mais velhas, com idade suficiente para beber, ou é combatida de forma eficiente pela educação", escreveu Snyder.
Em um editorial, David Jernigan, da Universidade de Georgetown, em Washington, disse que o estudo é o primeiro do tipo a ligar o consumo de álcool por jovens à medição objetiva dos gastos da indústria com publicidade. O estudo "questiona o argumento da indústria de que seus gastos com mídia de US$ 1,8 bilhão por ano não têm impacto no consumo de álcool por jovens",