Influências do Militarismo na Administração
EXAME | 06.05.2005
O maior conflito da história, encerrado há 60 anos, ensina o que fazer – e o que evitar – quando os temas são liderança, estratégia, planejamento e treinamento
Em janeiro de 1933, quando se tornou chanceler alemão, Adolf Hitler já havia publicado sua plataforma política. Esse livro – Mein Kampf (Minha Luta) – era um best-seller em 1933, com mais de 1 milhão de exemplares vendidos. Nele, estavam claras as idéias do novo chanceler a respeito da supremacia da raça alemã, assim como seu ódio pelos judeus e seu desprezo por burgueses e intelectuais. Estava claro, também, o que ele julgava ser o destino da Alemanha: conquistar territórios na Europa. Principalmente na União Soviética. Os chefes políticos europeus tiveram a oportunidade de ler uma tradução para o inglês. Se o fizeram, não o levaram a sério. Um erro. Herr
Hitler fez tudo o que prometeu. E tornou-se um dos personagens centrais de um episódio que mudaria, para sempre, a configuração do planeta.
Há 60 anos, em 8 de maio de 1945, as Forças Armadas alemãs assinaram sua rendição. Haviam lutado na Europa e na África por mais de cinco anos. Em 2 de setembro de 1945, os japoneses renderam-se a bordo do encouraçado americano Missouri, ancorado na baía de Tóquio. Era o fim de uma luta que se iniciara em meados de 1937, na China, expandindo-se mais tarde para praticamente todo o Pacífico. É impossível calcular o volume de perdas econômicas causadas pela guerra. Quanto à perda de vidas, há uma estimativa, embora longe de ser exata. Morreram cerca de 50 milhões de pessoas, fardadas ou não. Uma média de 8,3 milhões por ano de luta. Tomada em seu conjunto, a
Segunda Guerra Mundial é um fato sem paralelo na história. Nunca tantos países haviam se envolvido num conflito armado. Nunca se produziu tanto armamento. Raramente se aplicou tanta pesquisa e dinheiro no desenvolvimento de equipamentos militares. A guerra começou numa época em que os