Influência dos parâmetros de corte
O objetivo dessa atividade prática foi verificar a influência de alguns parâmetros de corte, tais como avanço e velocidade de corte, na rugosidade da superfície usinada em um torno ROMI IH-40, além de comparar essa rugosidade medida com a teórica, obtida através de cálculos.
2. RESULTADOS E DISCUSSÂO
2.1 Efeito do avanço O primeiro experimento foi comparar os efeitos de três valores de avanço (0,05, 0,205 e 0,4mm/rot) na rugosidade, mantendo a velocidade de corte em 130 m/min, ap em 2 mm, e utilizando um inserto PR4225 com raio de ponta 0,8 mm.
Conforme o gráfico, verificamos que a rugosidade se comportou conforme o esperado, aumentando com o aumento do avanço. Verificamos ainda uma incoerência nos valores obtidos para a rugosidade medida: para valores muito pequenos de avanço, o valor calculado de rugosidade foi muito menor do que o medido; é possível que essa diferença tenha sido causada pela formação de APC e pela formação inadequada do cavaco.
Com o menor avanço considerado, 0,05 mm/rot, obtivemos cavaco do tipo fita, e foi necessário parar a usinagem depois de um curto período de tempo para remover o rolo de cavaco formado. Com um avanço de 0,205 mm/rot, houve uma melhora na formação do cavaco, gerando do tipo helicoidal e em lascas. Finalmente, com o avanço máximo, de 0,4 mm/rot, o cavaco saiu muito próximo do ideal: apenas em lascas de dimensões reduzidas.
2.2 Efeito do raio de ponta
Utilizando os mesmos parâmetros de corte do experimento anterior e com avanço de 0,205 mm/rot, trocamos a ferramenta para uma de acabamento, com raio de ponta 0,4 mm.
O resultado obtido foi incondizente com a teoria. Em um sistema rígido, é esperado que um raio de ponta maior se traduza em rugosidade menor. Na prática, utilizando um raio de ponta 50% menor, não houve variação significativa de rugosidade. Isso se deve provavelmente à maior vibração causada pela ferramenta com raio maior. O raio de ponta também não influenciou muito a