Influência dos EUA na ditadura militar do Brail
Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura e perseguição política e repressão aos que eram contra o regime. Foi um regime político que se edificou a partir da uma aliança entre o exército brasileiro, a burguesia nacional e a burguesia estrangeira, principalmente dos EUA, que possuía interesses óbvios nesta região.
Para uma melhor compreensão desse fato histórico ocorrido no Brasil faz-se necessário contextualizá-lo no período da Guerra fria, em que EUA e URSS hegemonizaram o poder mundial. EUA e URSS eram as superpotências do período e o mundo todo passou a orbitar em torno desses dois países. A grande divergência da Guerra Fria esteve no marco ideológico, onde tínhamos de um lado os EUA, claro representante da ordem mundial capitalista, e de outro lado a URSS, que representava o socialismo.
Nesse sentido a instalação de ditaduras militares nos países da América Latina, e de modo especifico no Brasil, representou uma das formas encontradas pelos EUA e pela burguesia nacionalista e reacionária desses países de defenderem e de asseguraram a perpetuação do sistema capitalista no continente americano e conseqüentemente no mundo.
Em análise do período ditatorial militar no Brasil, é fácil se deparar com importantes estratégias utilizadas pelos EUA para apoiar o referido regime político no país e garantir assim a “ordem” e a “paz” nas Américas. Entre essas estratégias podemos citar a Aliança para o Progresso, o Plano Cáritas, a Operação Brother Sam e Operação Condor.
No primeiro tópico procurei apresentar o contexto histórico e geopolítico da guerra fria a fim de melhor compreender o processo histórico-social que deu origem ao regime ditatorial militar no Brasil. Em seguida a isso apresentarei algumas considerações sobre a natureza dos regimes