Influência Brasileira em outras culturas
Historicamente, pode-se considerar uma primeira influência brasileira na África o episódio da reconquista de Angola e São Tomé aos holandeses, no qual teve destaque o governador do Rio de Janeiro (por três mandatos, e posteriormente governador de Angola) Salvador Correia de Sá. A restauração da Angola portuguesa era essencial aos interesses dos colonos instalados no Brasil.
Outros países com contato intenso com o Brasil eram o Benim e a Nigéria. Ambos são responsáveis por grande parte da população negra do norte e nordeste brasileiros, e muitos destes acabaram por retornar à África no século XIX. São os chamados agudás, estão presentes em Benim, Togo, Nigéria e Gana (em Gana são conhecidos como "tabons") utilizam nomes como Souza, Silva, Almeida, etc. e até recentemente falavam português. Além disso, festejam Nosso Senhor do Bonfim, fazem desfiles de carnaval, e possuem seu próprio bumba-meu-boi, a chamada "burrinha", além de prepararem feijoada e "kousido". Talvez o maior símbolo dos agudás na África seja a Grande Mesquita de Porto Novo, capital do Benim, um prédio projetado por ex-escravos brasileiros, e que lembra em todos os seus aspectos uma igreja colonial de Salvador.
O Benim, que nos tempos coloniais era chamado de Costa dos Escravos foi explorado à exaustão por portugueses, e em seu rastro, brasileiros. Muitos fizeram fortuna com esse comércio, mas o maior de todos foi sem dúvida Francisco Félix de Souza, o Chachá, nascido na Bahia e falecido em Ouidah, no Benim, considerado um dos