Inflação período figueiredo
Entre os experimentos desses técnicos, aliás experimentos tão macabros à população do País, podem ser incluídos, a título de exemplo: o alinhamento dos preços internos e externos dos produtos exportáveis; a elevação do valor do dólar e do preço dos produtos importados; e em conseqüência a alta dos juros, afetando finalmente o preço das mercadorias consumidas pelas pessoas. Tem sido demonstrado por estudos confiáveis que o salário mínimo sequer é suficiente para alimentar mais de uma pessoa. O custo mensal de produtos básicos para a alimentação representou em média, de setembro de 1979 a agosto de 1984, 66,7% do salário mínimo. O alimento que mais aumentou nesse período foi a farinha de trigo, seguida do pão, vindo após o feijão. Talvez aí se encontrem alguns dos mais desumanos experimentos dos técnicos responsáveis pela economia do País.
Mas as dificuldades para sobreviver no Brasil despontam igualmente na falta de emprego. Considerando-se apenas a região metropolitana de São Paulo, constatava-se que havia, em meados de 1984, 15% de empregados. Esta quantia significava 1,5 milhão de pessoas desempregadas, numa população economicamente ativa de 7 milhões. Não é por acaso que os jornais, de tempos, noticiam invasões de depósitos de alimentos. Em 1932, um jornal divulga que um grupo de 15 mulheres entrou em um Posto de Saúde, de um bairro da capital de São Paulo, carregando com elas 10 caixas de leite em pó, além de aspirinas, xaropes e antibióticos. Em fins de