inflaçao

684 palavras 3 páginas
A verdadeira inflação de preços no Brasil
Se você também tem a sensação de que a inflação de preços no Brasil está aumentando a uma taxa muito maior do que a divulgada pelo IBGE, saiba que esta sua sensação é real. Os preços dos bens com os quais você lida diariamente de fato aumentaram sensivelmente este ano, e a uma taxa bem acima da inflação oficial divulgada pelo IBGE.
Esta informação sobre o nível da inflação de preços pode parecer estranha, pois não é amplamente divulgada pela mídia. A realidade, no entanto, é que a mensuração dos preços no Brasil está amplamente disponível para quem quiser ver. Justiça seja feita, o IBGE de fato divulga este aumento. O problema é que a imprensa lamentavelmente se encarrega de divulgar apenas o valor final ponderado.

Explico melhor: a inflação acumulada em 12 meses para os bens não-comercializáveis — ou seja, todos os produtos e serviços que não sofrem concorrência de importados — está acima de 8,20%, e com picos de 9,70%.
Isso significa que os preços de todos os serviços — desde serviços médicos até serviços pessoais, como manicure, cabeleireiro e cursos, passando por coisas como estacionamento, lavagem de carro, serviços mecânicos, consertos e manutenção — e de bens como produtos in natura, alimentação fora de casa, aluguel, despesas com habitação, recreação, cultura, livros, matrícula e mensalidade escolar estão crescendo a uma taxa acima do teto da meta estipulada pelo Banco Central (6,50%), e muito acima do valor da inflação oficial divulgada pelo IBGE (5,77% em novembro).
Os dois gráficos a seguir mostram a evolução da taxa de inflação de preços dos bens não-comercializáveis. O primeiro gráfico mostra a taxa mensal e o segundo mostra a taxa acumulada em 12 meses.

Gráfico 1: taxa da inflação mensal de preços dos bens não-comercializáveis

Gráfico 2: taxa da inflação de preços acumulada em 12 meses dos bens não-comercializáveis
São esses os preços que você sente diariamente sempre que utiliza algum

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