inflamação crônica
FAMENE
NETTO, Arlindo Ugulino.
PATOLOGIA
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
(Professor Ivan Rodrigues)
A inflamação crônica é considerada um tipo de inflamação prolongada (semanas ou meses depois da instalação da inflamação aguda) na qual a destruição tissular e a tentativa de reparar os danos ocorrem simultaneamente. Para se entender a instalação da chamada fase crônica da inflamação, devemos descrever os possíveis destinos do processo inflamatório agudo:
Resolução completa
Cicatrização pela substituição do tecido conjuntivo
Formação de abscesso (coleção localizada de secreção purulenta, constituída de tecido destruído, células inflamatórias e bactérias piogênicas) Progressão tecidual a inflamação crônica. Isso pode se seguir à inflamação aguda, ou a reposta pode ser crônica praticamente desde o início. A transição de aguda para crônica ocorre quando não há uma resolução da resposta inflamatória aguda devido à persistência do agente nocivo ou a alguma interferência com o processo normal de cicatrização.
Apesar de poder ser a continuação de uma inflamação aguda, como descrito anteriormente, a inflamação crônica frequentemente começa de maneira insidiosa como uma reação pouco intensa, geralmente assintomática. Este último tipo de inflamação crônica é a causa de dano tecidual em algumas das doenças humanas mais comuns e debilitantes, como a artrite reumatóide, aterosclerose, tuberculose e as doenças pulmonares crônicas.
CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO INFLAMATÓRIO CRÔNICO
Enquanto que o processo inflamatório agudo se caracteriza por eventos vasculares, formação de edema e presença marcante de neutrófilos no foco inflamatório, o processo inflamatório crônico apresenta particularidades que divergem da inflamação aguda:
É desencadeado por um processo inflamatório agudo prévio não eficiente, de modo que o agente agressor ainda persista, desencadeando os mediadores que promovem a