Infla O
Emprego
O mercado de trabalho no Brasil, que estava em plena desaceleração, agora passa a produzir números ainda mais preocupantes: o desemprego está aumentando. O desemprego significa, de um lado, menos produção (menor oferta de produtos), e de outro lado, menos renda (menor demanda de produtos). É um efeito duplo no qual um reforça o outro. Menos renda repercutirá novamente em menor demanda, que fará com que a produção seja menor novamente, que resultará em mais demissões.
No primeiro quadrimestre de 2015, a economia encolheu e fechou 162,7 mil postos de emprego, em termos líquidos (admissões – demissões). É fácil ver no gráfico abaixo que a economia vem perdendo força desde 2010, ou seja, são 4 anos apontando para nós a desaceleração do mercado de trabalho e um ano de inevitável aumento do desemprego.
Em alguns setores o efeito da crise é mais acentuado do que em outros. O setor que apresenta maior dificuldade é o Comércio, que já fechou nesse ano 146 mil vagas. Nota-se que nos últimos anos, no geral, o inicio de ano não é bom para o comércio, mas em 2015 o resultado é bastante acentuado. A Construção Civil também não apresenta resultados animadores. São 76 mil empregos que deixaram de existir em todo país no últimos 4 meses. A Indústria de Transformação perde 40 mil postos de trabalho e puxa o resultado negativo da Indústria no geral. Bem ou mal, os Serviços estão mantendo as contratações, mas em ritmo muito menor do que nos últimos anos. Essa é uma tendência pode se reverter nos próximos meses e teríamos todos os setores demitindo.
Produção
A produção industrial brasileira caiu em 6 de 14 locais em fevereiro. As maiores baixas partiram do Rio de Janeiro (-7,1%), com a queda mais intensa desde janeiro de 2012, e da Bahia (-6,4%), que recuou pelo terceiro mês seguido. Também mostraram resultado negativo Pernambuco (-2,3%), Minas Gerais (-1,9%), região Nordeste - que inclui os outros estados da região - (-0,7%) e Espírito Santo (-0,4%).