infertilidade
No passado, a infertilidade era vista como um problema único e exclusivo da mulher, nunca sendo sequer posta a possibilidade de a causa da infertilidade poder vir do homem. A culpa era indubitavelmente da mulher. No entanto, com o avançar do tempo, os estudos desenvolvidos deixaram a descoberto uma realidade bastante diferente, em que num casal, tanto a mulher como o homem têm a mesma probabilidade de serem inférteis. Porém, quando esta doença afeta o homem, este vê a sua virilidade posta em causa, tendo medo de ser menosprezado e criticado pela sociedade. Para se proteger desta agressão psicológica, em muitos casais ao longo da história da Humanidade, o homem transpôs a responsabilidade para a mulher, acusando-a, perante todos, de ser a culpada pela infertilidade do casal.
Muitos exemplos verídicos aconteceram ao longo da história, como é exemplo o rei D. Henrique VIII, de Inglaterra, que viveu no século XVI. Este teve seis mulheres e todos os seus descendentes que conseguiam sobreviver até a idade avançada eram meninas. Os rapazes, ou eram dado-mortos, ou morriam pouco tempo após a nascença. Tais fatos fizeram com que se criasse uma nova religião, anglicana, que lhe permitiria o divórcio e depois deste o casamento, tendo-se casado mais cinco vezes, com o objetivo de obter um filho. Pouco tempo depois de ter, finalmente, conseguido um herdeiro masculino, o rei morre, falecendo seguidamente o seu único filho. Nunca ninguém pôs em causa a fertilidade do rei D. Henrique VIII, nem mesmo ele, que após cada fracasso na obtenção de descendência masculina, matava a sua mulher, tendo morto quatro das suas cinco esposas. Atualmente este caso seria facilmente estudado e avaliado como infertilidade de causa masculina, devido à existência de anomalias relacionadas com os cromossomas sexuais. Outro caso real, mas este ocorrido em Portugal foi o de D. João V. Este não conseguia obter descendência e claro está que a culpada era a sua mulher, a D.