Infertilidade Masculina 1
Infertilidade Masculina Novos Conceitos
Dr. Charles Rosenblatt1 • Dr. Mário Augusto Delgado Filho2
Dr. Diego Reis Delgado3 • Dr. Felipe Reis Delgado4
A
infertilidade é definida como a incapacidade de engravidar, decorridos 12 meses de relações sexuais não protegidas.
Conforme este critério, cerca de 20% dos casais são considerados inférteis, assim distribuídos:
35% só por fatores femininos; 30% só por fatores masculinos; 20% por uma combinação de fatores masculinos e femininos e 15% sem explicação. As condições que no homem afetam a fertilidade continuam sendo, ainda, de um modo geral, subdiagnosticadas e subtratadas.
Avaliação clínica
O primeiro passa para avaliar a infertilidade masculina consiste em um histórico médico e um histórico urológico completo. Para tanto, é preciso levar em consideração a duração da infertilidade, a fertilidade anterior no paciente e na parceira e avaliações anteriores. O casal deve ser indagado especificamente sobre hábitos sexuais, inclusive sobre o nível de conhecimento da melhor ocasião para a relação e uso de medicamentos e lubrificantes que possam ser espermatocíticos. Exame físico
O exame físico deve incluir o exame completo dos testículos, pênis, características sexuais secundárias e hábitos corporais.
CAUSAS
Geralmente as causas podem ser divididas em prétesticulares, testiculares e pós-testiculares. Causas pré-testiculares da infertilidade As causas pré-testiculares da infertilidade abrangem doenças congênitas ou adquiridas do hipotálamo, hipófise ou órgãos periféricos que tenham alterado o eixo hipotálamo-hipófise.
Dr. Mário Augusto Delgado
Filho (à esq.) e Dr. Charles
Rosenblatt.
Hypothalamus
Os distúrbios do hipotálamo podem levar ao hipogonadismo hipogonadotrópico. Se o GnRH não é secretado, a hipófise não libera LH e FSH.
Teoricamente, os pacientes reagem à reposição com GnRH ou HCG exógenos, análogos ao LG, embora nem sempre isto ocorra.
1 - Médico Urologista do Corpo Clínico do Hospital Israelita