Inferno No Castelo do Barba Azul final
Mestrado em Empreendedorismo e Estudos da Cultura
Paraíso e inferno No Castelo do Barba Azul, de George Steiner
Maria Inês Teixeira Fernandes [aluna: 69723]
Ensaio
Teorias da Cultura
Prof. Doutora Ana Pina, Prof. Doutora Cecília Vaz, Prof. Doutor Frédéric Vidal,
Prof. Doutor Pedro Vasconcelos.
Maio, 2015
Paraíso e inferno No Castelo do Barba Azul, de George Steiner
Com o presente ensaio pretende-se fazer uma reflexão pelo livro de George Steiner “No Castelo do Barba Azul – Algumas notas para a redefinição da cultura.” O desafio é maior quando nos propomos a uma análise que carrega as palavras “Paraíso” e “Inferno”, que nos remetem para um contexto religioso. Compreendemos após a leitura da obra que este contexto é determintante, na opinião do autor, e marca profundamente a história da história do Ocidente, talvez desde sempre, mas a obra situa o leitor entre os fins do século XVII e inicios do século
XX.
A obra dividida em quatro partes: 1. O Grande Tédio; 2. Uma Temporada no Inferno; 3. Numa
Pós-Cultura; 4. Amanhã. É uma tese onde o autor afirma “que certas origens da inumanidade, da crise que nos obriga hoje a uma redefinição de cultura1, devem ser procuradas na longa paz do século XIX e no nó mais denso do tecido complexo da civilização”
Nesta afirmação encontramos ligação com o que poderíamos dizer ser a atmosfera do paraíso – uma longa paz. Por outro lado, Steiner diz também que é nesta longa paz que devemos procurar certas origens da inumanidade que por definição representa o comportamento cruel que não respeita nem considera a relação com os restantes. O não humano que poderá por sua vez caracterizar o inferno.
O Jardim imaginário. Será o paraíso um jardim? Um jardim imaginário?
“Quase toda a história parece carregar consigo os vestígios de um paraíso”. A ideia de que no passado as coisas foram melhores, que há sempre algures no passado uma «Idade de Ouro». A relação existencial do ser humano com o seu tempo, presente, será