Infecções
| O que é infecção Puerperal?
Infecção bacteriana do trato genital após o parto.Etiologia
É a complicação mais importante do puerpério e uma das principais causas de morte materna, atingindo até 10% das puérperas. Envolve as endometrites, salpingites e ooforites. O principal fator de risco é a via de parto, sendo que é uma complicação incomum do parto vaginal (de 1,3 a 13%). No parto cesárea, antes da antibioticoprofilaxia, a infecção puerperal variava de 13 a 50%. Esse aumento se deve pela maior quantidade de hematomas, tecido desvitalizado e abertura da cavidade amniótica. São também fatores de risco: gestação múltipla, prematuridade, trabalho de parto prolongado, monitorização fetal interna, repetidos exames vaginais, uso de corticóides, sobrepeso/obesidade, anemia, desnutrição e colonização bacteriana por determinados microrganismos (Ureaplasma, Estreptococos grupo B, Chlamydia, Gardnerella) podem diminuir a imunidade da puérpera. Infecção geralmente por bactérias de origem intestinal e polimicrobiana. Pode envolver GRAM+ e -, aeróbios e anaeróbios além de Chlamydia e Ureaplasma. Clínica
Febre é o critério mais importante, definida por temperatura oral acima de 38 °C, dois dias consecutivos, excluídas as primeiras 24 horas pós-parto. Porém, febre acima de 38,5 °C deveria ser cuidadosamente avaliada pela possibilidade de infecção por Estreptococos b-hemolíticos do grupo A. Dor abdominal, odor fétido (exceção infecção por Estreptococos grupo A), retardo na involução uterina, útero de consistência amolecida e dor à palpação uterina podem estar presentes nos casos de endometrites. Nos casos de parametrite e ooforite podemos ter à palpação de paramétrios e fossas ilíacas. Nas peritonites temos o sinal de descompressão brusca presente. Bacteremias podem ocorrer em 10 a 20% dos casos, provocando tremores. Na septicemia encontra-se febre alta contínua associada a hipotensão, confusão mental e taquicardia. Diagnóstico
Quadro clínico