Infecções odontogenicas
As infecções de origem dentária ainda constituem um dos problemas mais difíceis de tratamento em odontologia.
Estes processos infecciosos podem variar desde infecções bem localizadas, que exigem um tratamento mínimo, até infecções de alta complexidade que envolvem um tratamento multidisciplinar em ambiente hospitalar.
A necrose da polpa dental, resultante de cárie profunda é a principal causa de infecção odontogênica onde é criada uma via para as bactérias penetrarem nos tecidos periapicais (no final da raiz dentária) estabelecendo uma infecção ativa que irá disseminar preferencialmente ao longo das linhas de menor resistência. A infecção dissemina através do osso esponjoso até encontrar uma lâmina de osso cortical. Se a lâmina de osso cortical for fina, a infecção perfurará o osso e irá atingir os tecidos moles. O tratamento da polpa necrosada por meio do tratamento de canal convencional ou a extração do dente normalmente resolve estes processos infecciosos iniciais. A partir do momento que o processo infeccioso não é tratado em sua fase inicial o organismo desencadeia uma série de respostas fisiológicas na tentativa de minimizar a ação das bactérias e favorecer a chegada dos mecanismos de defesa. Quanto maior a virulência dos microorganismos causadores deste processo ou quanto menor os mecanismos de defesa do hospedeiro maior a probabilidade de que o paciente desenvolva uma infecção severa.
O manejo das infecções graves tem as seguintes metas gerais: (1) suporte médico do paciente, com atenção especial à correção das defesas comprometidas do paciente; (2) administração de antibióticos adequados nas doses corretas; (3) remoção da fonte de infecção o mais precoce possível; (4) drenagem cirúrgica da infecção com a colocação de drenos adequados; e (5) reavaliação constante da resolução da infecção.
O suporte médico do paciente com uma infecção severa deve incluir completa avaliação e suporte aos mecanismos de defesa do hospedeiro,