Infanticidio indigena
O infanticídio indígena ainda é uma realidade em todo o Brasil, não podendo ser amparado como outras crianças já que esses atos são justificados pela cultura e crenças arcaicas das quais têm mais valor do que a própria vida. Centenas de crianças são mortas por ano enterradas vivas, sufocadas com folhas, envenenadas ou deixadas no meio da floresta. Os pais normalmente forçados pela crença se vêem obrigados a desistir de suas crianças.
São muitas as razões que levam às crianças a morte. Portadores de deficiências físicas ou mental, nascimento de gêmeos, crianças nascidas de relações extraconjugais e até algumas consideradas portadoras de má-sorte, algumas mãos podem matar um recém nascido caso esteja amamentando outro, ou caso o bebe não seja esperado. Para os mehinaco (Xingu) o nascimento de gêmeos ou crianças anômalas indica promiscuidade da mulher durante a gestação. Ela é punida e os filhos, enterrados vivos.
Não somente crianças recém nascidas são mortas. Há casos de crianças de 3,4,11 e até 15 anos são mortas pelas mais diversas causas
AÇÕES DRETAS SOBRE O ASSUNTO
O infanticídio entre indígenas é um tema que já gerou documentário, projetos de leis e muita polêmica em torno de saúde pública, cultura, religião e legislação, mesmo assim, é ainda utilizado por volta de 20 etnias entre as mais de 200 do Brasil.
A quantidade de índios mortos por infanticídio é uma incógnita. Segundo a FUNASA (Fundação Nacional de Saúde) sobre a mortalidade infantil indígena, esse número é somado às mortes causadas por “lesão, envenenamento e outras causas externas”. Esse grupo corresponde a 0,4% do total de mortes de menores de um ano de idade, fornecido pelo Funasa, em 2006. Está tramitando no Congresso, a Lei Muwaji (em homenagem à índia que enfrentou a tribo para salvar sua filha com paralisia cerebral) determina que “qualquer pessoa” que tenha ciência sobre casos de uma criança em situação de risco e não informe às autoridades responderá por crime