Inf Ncia E Pedagogia 2
A intervenção pedagógica tem oscilado permanentemente entre o “desabrochar” de uma formação humana conduzida pela natureza, e a disciplinação e a conformação a regras e modos sociais dominantes, das quais resultam diferentes foram de transgressão No âmago deste antagonismo, consolidam-se na pedagogia alternativas fundamentadas em projetos sociais utópicos que propõem relação à educativa onde autonomia e coletividade ganham novas dimensões.
Arroyo (1994) em trabalho apresentado no Seminário Nacional de Educação Infantil, significado da infância, torna dois eixos: a concepção de infância e a concepção de educação que temos ao definir um projeto educativo. A infância é o “suposto universal da ação e da produção pedagógica”, porém a mesma pedagogia que proclamará um conceito moderno da infância abstrairá as características históricas do desenvolvimento humano. A pedagogia vai elaborar uma análise particular da infância em situação escolar, e estabelece um recorte específico, a partir do qual busca identificar padrões de normalidade quanto ao desempenho das crianças e estabelecer regularidades para a orientação da prática dos educadores. A delimitação da infância tem se dado predominantemente por um recorte etário definido por oposição ao adulto, pela falta de idade, pela imaturidade ou pela inadequada integração social.
O “nascimento” da infância e a pedagogia.
A obra de ARIES (1979) foi pioneira ao afirmar características históricas da infância. Para ele, a aparição da infância se dá quando se altera o sentimento e as relações frente à infância, modificado conforme a própria estrutura social. Antes a criança não era percebida com necessidades das do adulto. O sentimento moderno da infância e da família sustenta-se na mudança de inserção da criança na sociedade. Nasceu aí um sentimento que atribui à criança a ingenuidade e a inocência e, ao mesmo tempo, a imperfeição e a incompletude, as