Ines
Na medida em que adquire a posição sacralizante, torna-se inacessível àqueles que não são eleitos através de poderes divinos a sua pertença e inserção.
Ao problematizar a forma histórica como a categoria trabalho estruturou a sociedade ocidental, enraizando os homens a essa maneira de sobrevivência, destaca o seu imprescindível atrelamento à vitalidade da sociedade e reflete o quanto a declaração do seu fim dessubstancializa o porvir da condição humana. Essa declaração de fim, segundo a autora, está circunstancialmente dada pelas ações políticas e ideologias neo-liberais com que são alicerçadas hoje as praticas civilizatórias as quais são estruturadas em nome dos novos sujeitos sociais: a globalização e o mercado.
O trabalho de Généreux O horror político. O horror não é econômico aborda a questão do liberalismo e do neoliberalismo econômico de maneira muito interessante, contribuindo para pensarmos teoricamente questões que nos permitem outras formas de análise sobre a complexa sociedade contemporânea, sobretudo aquela relacionada à “inevitabilidade” do sistema neoliberal e, conseqüentemente, à premissa do “Fim da História”. Critica ainda, com muita ênfase e pertinência, o trabalho de Viviane Forreter questionando se o horror é realmente “econômico” e, a partir dessa questão, aponta que ao culpar a economia, são escamoteadas as verdadeiras razões do