Indústria Automobilística Brasileira
As políticas estabelecidas pelo governo com o rompimento de um estado protecionista, e cada vez mais a diminuição da alíquota de importação, teve um efeito impulsivo sobre a modernização da indústria automobilística Brasileira. Há a preocupação em garantir o crescimento das indústrias e manter a competitividade de sua rede de fornecedores.
Os acréscimos da produção vêm sendo alcançados nas plantas atuais através da aquisição de novos equipamentos, já que as linhas atuais estavam defasadas em relação aos produtos importados. Para tornar os veículos nacionais competitivos com os estrangeiros, será preciso um grande avanço nas tecnologias utilizadas pelas montadoras, o presidente da ANFAVEA, Jacy Mendonça ( 1993, p. 172 ) declarava. [...] “Nós temos de investir dez ou quinze anos para chegar onde os concorrentes estrangeiros estão hoje, só que eles continuam se aperfeiçoando.”
Até 1990 o Brasil era uma economia fechada, a sua abertura trouxe consigo investimentos no setor automobilístico, mas também a concorrência com os veículos importados conforme tabela 4.
Tabela 4 - Importação de veículos Ano Unidades Importação sobre vendas Internas (%)
1990 115 0,1
1991 19.837 2,6
1992 23.691 3,2
1993 69.698 6,5
1994 188.580 15,6
1995 369.048 27,1
1996 224.008 14,8
1997 303.119 18,4
1998 347.084 28,6 Fonte: ANFAVEA ( 1999 )
O principal indicador das mudanças ocorridas na indústria automobilística brasileira na década de 1990, com seu processo de reestruturação, seja a dimensão dos investimentos realizados pelas empresas produtoras de veículos. O total de investimentos feitos de 1991 a 1998 aproximou-se de 15 bilhões de dólares.
O comportamento dos investimentos se observa na tabela 2, que de 1990 a 1994 houve uma mudança de patamar, pois o volume médio anual cresceu quase 70 %, passando para 930 milhões de dólares, e seu faturamento neste mesmo período elevou-se 7,9 %, de 1995 a 1998, o volume médio anual de