Industrialização do Japão
Industrializações atrasadas: Japão
1. Dimensão da Concorrência Internacional
No capitalismo concorrencial (1873-1896) houve a difusão do capitalismo em âmbito mundial que tendia homogeneizar as estruturas capitalistas, primeiramente da Inglaterra para a primeira onda de industrialização tardia: EUA, França, Alemanha, e depois, destes para a segunda onda de industrialização atrasada: Rússia e Japão. Porém como a industrialização do Japão foi impulsionada na era Meiji a partir de 1868 (apesar de que segundo Takahashi: “o ritmo anônimo da produção capitalista já estava em gestação na economia feudal do Japão” o que permitiu a industrialização deste país) o capitalismo já estava em seu período de transição da concorrência para o monopólio devido á bem sucedida industrialização dos países da primeira onda.
Assim, devido a já complexa estrutura dos países industrializados, com um moderno aparelho industrial integrado, com avançado sistema de crédito, e com avançado sistema de transporte e comunicação, o Estado teve que intervir para realizar a industrialização japonesa (uma necessidade política, segundo Takaishi, para manter a unidade nacional frente às pressões externas).
Portanto pode-se dizer que o capitalismo nipônico apresentou um caráter protecionista e monopolista desde o inicio, representado principalmente pelas zaibatsus, que são formas de organização monopolistas superiores nas quais o capital se desdobrava em capital industrial, bancário e comercial, como explica Alonso. Apenas quando já instalado o capital industrial, é que o país passou a defender o livre-cambismo, já que agora tinha condições de concorrer no plano internacional.
Desde o início a elite japonesa temia que o Japão se transformasse em uma mera colônia dos países industrializados, seguindo o exemplo da China, e esse medo passou apenas quando o país adotou o padrão–ouro e passou a ser reconhecido