industrializaçao e concientizaçao no imperio russo

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A Derrota Russa na Guerra da Criméia (1853 a 1856) e as modificações políticas do momento

Como vimos, a Rússia Czarista entra atrasada nos mecanismos de conquista colonial e reivindica, de um lado, os espólios do decadente Império Turco Otomano e, de outro, territórios na China (como a Manchúria) e ilhas ao norte do Japão.

No espólio do Império Turco estão também interessados a França e a Inglaterra que entram em conflito contra a Rússia no conflito conhecido como “Guerra da Criméia”. Num primeiro momento, a Rússia invade e se apropria da Moldávia e da Valáquia (atualmente Romênia), destruindo totalmente a frota turca aportada em Sinope a 30 de novembro de 1853. A 25 de março de 1854 Grã-Bretanha e França (com tímido apoio do reino Sardo-Piemontês de uma Itália ainda não unificada) declaram guerra à Rússia, não em apoio aos turcos, mas em busca de tomar dos russos o que aqueles haviam tomado dos turcos (tomar de uma potência européia possessões que outras potências roubaram de seus próprios povos está no cerne mesmo da “lógica” Guerra...). Derrotados, os russos são forçados a assinar o Tratado de Paris que concede em tese autonomia ao Império Turco Otomano, humilhando o Czar que vê frustradas suas ambições na região. Fica claro ao Czar Alexandre II (1855 – 1881) ser necessário implementar uma série de reformas internas na Rússia para que ela também possa participar eficazmente da partilha neocolonialista. Dentre as medidas que adota, ressaltam:

_ Liberação da mão de obra; até então feudal, a Rússia “liberta” o camponês dos laços servis (em nada melhorando sua vida, aliás) para que haja um maior número de mãos à disposição da montagem da indústria incipiente no país;

_ Busca de financiamentos com banqueiros franceses e britânicos para custear a montagem de um parque industrial russo, já iniciando a formação de uma classe operária no país.

Segundo analisa Leon Trotsky em “História da Revolução

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