Industria Textil
NO BRASIL E NO MUNDO:
REESTRUTURAÇÃO E
PERSPECTIVAS*
* Este texto foi elaborado para subsidiar o Fórum de Competitividade do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. As opiniões emitidas são, no entanto, de caráter pessoal.
** Gerente Setorial de Bens de Consumo Não-Duráveis do BNDES.
A autora agradece a colaboração de Arthur Adolfo Garbayo e da estagiária de economia Helga Lucas Canelas.
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Ana Paula Fontenelle Gorini**
Resumo
A cadeia têxtil-confecção nacional, que respondeu por 14% dos empregos gerados na indústria brasileira em 1999, vem apresentando elevados investimentos em modernização e expansão da capacidade produtiva durante toda a década.
O mercado têxtil nacional tem grande potencial de crescimento, especialmente em virtude da demanda reprimida. O consumo per capita de têxteis no Brasil cresceu de 8,3 kg/habitante em 1990 para 9,5 kg/habitante em 1999 – crescimento acumulado superior ao da população –, embora ainda seja considerado um nível baixo em relação ao consumo médio dos maiores mercados mundiais.
O presente artigo avalia alguns aspectos da competitividade internacional desse setor, com foco na formação de blocos de comércio e cadeias globais de fornecimento, e traça o panorama recente da cadeia têxtil-confecção nacional, procurando identificar os avanços, os gargalos remanescentes e as perspectivas, visà-vis as transformações internacionais.
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Panorama do Setor Têxtil no Brasil e no Mundo: Reestruturação e Perspectivas
Este artigo procura situar o setor têxtil nacional no contex- Introdução to internacional, destacando distintos aspectos relacionados à competitividade das empresas e nações, como capacidade produtiva, produtividade, qualidade, inovação, comercialização, logística, entre outros. Busca ainda avaliar as novas formas de comercialização internacional e de gerenciamento da produção, em especial a formação de redes internacionais de