Industria textil
A indústria têxtil remonta à Antiguidade, mas o que marcou decisivamente este ramo foi a produção de tecidos "de ponto", cuja maleabilidade permite confecionar peças de roupa para qualquer parte do corpo e em qualquer dimensão. O tear manual para produção deste tipo de tecidos, chamado "tear de meias", foi inventado em 1589 por William Lee, personagem natural da Grã-Bretanha (Cambridge). No século XVIII construiu-se o primeiro tear retilíneo mecânico, que evoluiu para o tear circular mecânico e onde se fabricavam tecidos em ponto de "onda". Além disso surgiram igualmente as máquinas de tricotar, também retilíneas e circulares. A invenção da máquina a vapor por James Watt em 1760 foi um marco importante na evolução de indústria têxtil - uma vez que as possíveis utilizações começaram a ser exploradas na indústria do algodão - além da do ferro e do carvão. Anteriormente, no início do século XVII, a produção de têxteis na Europa era considerável, verificando-se uma clara preponderância dos lanifícios de lã cardada de produção inglesa e um desenvolvimento dos lanifícios de lã penteada (perpetuanas, saetas, estamenhas, etc.) devido à necessidade que se fazia sentir em época de explorações e conquistas. No entanto, a concorrência que se começou a fazer sentir devido aos têxteis provenientes das terras recém-descobertas ou conquistadas (como a Índia) provocou uma reviravolta europeia, sendo a Inglaterra obrigada a produzir também grandes quantidades de lã cardada e as cidades francesas obrigadas a centrar-se na produção de tecidos de maior qualidade, iniciando-se a concentração dos trabalhadores nas cidades. De facto, no século XVII a Índia liderava a produção têxtil, estando na vanguarda no que diz respeito à estampagem de tecidos em policromia e tendo bastante procura de musselinas, seda, tapetes, xailes de Caxemira e cobertores em lã. Na China do período Ming os teares de seda foram aperfeiçoados, a par da estampagem do algodão. Entretanto, em