Industralização
O Brasil é considerado um país subdesenvolvido. Disto ninguém parece ter dúvida. Entretanto, ainda é grande o número de pessoas que acredita que nosso país ainda não se industrializou. Não são poucos os que pensam que a economia brasileira permanece agrária, baseada nas atividades do campo, ou que nossa sociedade seja tradicional e "atrasada".
Contudo, menos pessoas ainda se dão conta do que é o Brasil de hoje: um país onde o moderno convive com o tradicional, onde metrópoles e aldeias indígenas integram o mesmo espaço geográfico, e onde os tecnopólos apontam os caminhos do terceiro milênio.
Ao longo desta unidade, prosseguiremos revelando os retratos do Brasil. Neste sentido, iniciaremos pelo processo de industrialização, responsável por importantes transformações em nossa sociedade, nas paisagens e, por extensão, na organização do espaço geográfico brasileiro.
UMA INDUSTRIALIZAÇÃO TARDIA
A atividade industrial é mais antiga que a agricultura. Sua origem remonta ao Período Paleolítico* (30 mil anos atrás), podendo ser considerada tão antiga quanto o surgimento do Homo sapiens*. Naqueles tempos, a elaboração de instrumentos de caça, por exemplo, já representava uma atividade industrial. Fica evidenciado que aquilo que classificamos como indústria hoje possui características bem diversas das daquele período.
A atividade industrial pode ser considerada tão antiga quanto o surgimento do Homo sapiens.
Podemos dizer, então, que a indústria apresenta estágios que caracterizam sua evolução ao longo da história. Tais estágios são o artesanato*, a manufatura* e a maquinofatura* ou indústria moderna.
No caso do Brasil, é importante recordarmos que seu papel na antiga Divisão Internacional do Trabalho foi o de assegurar o fornecimento de produtos primários para o mercado europeu, onde eram transformados em bens de consumo. Uma vez que o Brasil não participou da Revolução Industrial, ou seja, não acumulou conhecimentos e técnicas