individuo e sociedade
A partir deste pensamento digo que nos identificamos como sujeitos devido as nossas relações sociais, no caso Mogli, a relação que ele passou a ter com a alcatéia. Como grande parte de nossas características são oriundas do meio, afirmo que o corpo é ele mesmo uma construção social, cultural e histórica (GOELLNER, 2003). O corpo está tão inserido e é tão importante para a sociedade que ao mesmo tempo é capaz de produzir uma cultura e ser influenciado por outras. Concordo com Goellner quando a autora apresenta que "pensar o corpo como algo produzido na e pela cultura é, simultaneamente, um desafio e uma necessidade" (2003, p.28). Podemos compreender essa necessidade com mais clareza quando discutimos o corpo no tempo e suas tendências. Caracterizando a moda como uma tendência que é ou que deve ser seguida, posso enumerar ao longo da história, diversos momentos, relacionados ao corpo, que possuem características semelhantes com as de uma "moda". Começo com os gregos onde posso dizer que eles possuíam uma filosofia onde o corpo possuía um papel de destaque, possuindo um valor muito forte para a sociedade Grega. Era necessário que o indivíduo cidadão fizesse uma intima relação entre o trabalho do corpo e os conhecimentos existentes (filosóficos, matemáticos, químicos, entre outros), pois "a perfeição só podia ser alcançada com a união da beleza e da virtude"