Indios
No início do Século XIX, mantido o pensamento e a tradição colonialista existente no Brasil, os negros e os índios permaneciam nas suas condições de escravos e banidos respectivamente. Com a retirada dos Jesuítas e suas formas religiosas de aproximação com os “nativos”, as condições destes em muito vieram a se agravar, sendo suas atividades reprimidas e o seu trabalho explorado. A participação do negro brasileiro nas lutas pela Independência do Brasil ocorreu destacadamente na Bahia diante da resistência das tropas coloniais sediadas na província baiana contrárias a libertação da colônia de Portugal. Isto levou o Imperador D. Pedro I a enviar o General francês Pierre Labatut a seu serviço para a Bahia a fim de vencer a resistência à emancipação na província.
Para compor suas tropas diante da negativa dos Senhores de Engenho em ceder "homens em armas" ainda que apoiadores da causa independentista o General Labatut teve que se valer do recrutamento forçado de ex-escravos e escravos, o que gerou uma crise de duplo sentido: por lado vencer a resistência dos donos de escravos, por outro, conter a demanda de libertos e escravos em aderir às tropas na promessa de sua libertação.
Contudo, vencida a batalha sobre as tropas portuguesas os escravos e ex-escravos que aderiram à convocação viram frustradas suas expectativas. No período de lutas a maioria desses escravos e ex-escravos foram agrupados no Regimento dos Periquitos que desempenhou um papel crucial na Guerra da Independência na Bahia comemorada em 2 de Julho (1823) data da última batalha. Após a luta, diante da indecisão quanto à sua libertação e para conter suas demandas, foram dispersados e enviados para outros estados e os mais "perigosos" enviados para a Marinha, onde certamente com o recuso da chibata e em alto mar seriam mais facilmente controlados ou virariam comida de peixe.
Inserido no contexto