indigenas
Guarani
Em Santa Catarina vivem 1.657 Guarani distribuídos em 21 aldeias/comunidades. Três aldeias partilham terras com comunidades Kaingang
(Aldeia Limeira na TI Xapecó) e Xokleng (Aldeias Toldo e Bugio na TI Ibirama
Laklãno). As demais aldeias localizam-se na faixa litorânea, desde os municípios de
Imarui, ao sul a Garuva, ao norte. Destas, cinco são Reservas adquiridas aos Guarani.
Das Terras Guarani apenas uma está regularizada, a TI M’biguaçu, as demais aguardam providências.
Pesquisas arqueológicas realizadas na ilha de Santa Catarina encontraram vestígios da presença dessa população 400 anos antes da chegada dos europeus, à época denominada Carijó. Em 1528 aparece pela primeira vez o emprego do nome
Guarani, na carta de Luiz Ramires. Os Guarani litorâneos ou Carijós mantinham comunicação com os demais Guarani que ocupavam os atuais estados do RS, PR, SP e os países do Paraguai, Argentina e Bolívia.
A organização social, baseada na família extensa (casal, filhos, genros e netos) possibilita que as comunidades sejam formadas por pequenos contingentes populacionais, que comportam em média 80 pessoas.
A casa cerimonial ou casa de reza/opy é o centro da aldeia, na qual realizam atividades cerimoniais e de cura, da mesma forma que o rezador/Karai é o líder espiritual do grupo. Atualmente mantém nas aldeias o cacique, cargo ocupado por alguém que melhor possa representar o grupo na sociedade não indígena, porém internamente nas comunidades seu poder é relativizado ante a presença do karai.
Não comercializam a produção das variedades tradicionais, a exemplo do milho que o utilizam para o consumo próprio em forma de farinha/caguijy, bebida fermentada, para a troca com outras comunidades e para as atividades rituais. Dentre os rituais, o mais significativo é o batismo/nimongarai. O batismo está associado diretamente ao milho verdadeiro/avaxi etei, e ocorre quase sempre na colheita desse produto, nos primeiros meses do ano. O nome é uma