Indicadores de Desempenho
Desenvolvimento Brasileiro no
Início do Século XXI:
Crescimento Econômico, Distribuição de Renda e
Destruição Ambiental
Há mais de duas décadas o modo de produção capitalista está em crise. Tal fato se apresenta de diferentes maneiras e em distintos locais, recebendo, inclusive, denominações indevidas1. Tal fenômeno tem provocado impactos sobre os rumos do desenvolvimento em diversas regiões do planeta, recolocando na ordem do dia a necessidade de se rediscutir o atual padrão de desenvolvimento mundial.
Neste mesmo período, por mais contraditório que pareça ser, alguns países conseguiram mudar sua dinâmica de desenvolvimento, apresentando resultados macroeconômicos extremamente favoráveis. Em grande medida, esse movimento esteve associado ao cenário econômico positivo verificado nos chamados “países emergentes”, com destaque para a China, Índia, Brasil, Rússia e África do Sul, dentre outros. Este processo gerou um pequeno ciclo expansivo que acabou sendo abortado ainda em 2008, quando a crise atingiu também o coração do sistema econômico capitalista mundial2.
O caso brasileiro, especificamente, é importante para ser analisado neste contexto. Assim como na grande depressão da década de 1930, quando o país instituiu o modelo urbano-industrial de desenvolvimento – também conhecido como modelo de substituição das importações –, na crise atual o país voltase ao seu passado e reinstitui uma estratégia que passou a ser chamada de
“Novo Desenvolvimentismo”. Isto porque muitos elementos da “estratégia
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Na década de 1990 foram as crises da América Latina e Asiática; na primeira década do
Século XXI foi a crise Norte-Americana e, a partir de 2008, a crise dos países desenvolvidos.
Atualmente se fala apenas na crise da “Região do Euro”. Na verdade, todos esses episódios confirmam que se vive mais uma crise sistêmica, de longa duração, a qual vem afetando as economias e as sociedades globalmente.
Registre-se que,