Independ ncia do Brasil
1820-1821: a metrópole faz pressão A Revolução Liberal do Porto, de 1820, que exigia a volta da família real à metrópole, culminou com o retomo de dom João VI a Portugal, em 1821, dando início ao período regencial do príncipe dom Pedro no Brasil. Desde o começo, a regência de dom Pedro foi marcada por pressões da metrópole. Temendo que ele se aliasse à elite local e efetivasse a independência do território, as Cortes portuguesas (o Parlamento) tomaram medidas que diminuíram o poder do príncipe e propuseram o retomo do Brasil à condição de colônia.
1821: as forças políticas se dividem A possibilidade de voltar à condição de colônia devido às pressões de Portugal levou a sociedade brasileira a dividir-se basicamente em duas correntes, que ficaram conhecidas como partidos, embora não fossem partidos políticos oficialmente registrados, como os atuais: O “partido brasileiro” foi o grande articulador da emancipação, trabalhando, num primeiro momento, pela permanência de dom Pedro. Dele faziam parte comerciantes, profissionais liberais e políticos, como José Bonifácio de Andrada e Silva, José Clemente Pereira e o padre Januário Barbosa, além da imprensa e da maçonaria, sociedade secreta que possuía grande força política. Integrava essa corrente a maioria dos grandes proprietários rurais, sobretudo do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Minas Gerais. O “partido português” era formado pelos comerciantes lusos que viviam no Brasil. Eles se sentiam prejudicados com a abertura dos portos e reivindicavam a volta do monopólio português sobre a colônia.
1822: o caminho para a Independência Em 9 de janeiro de 1822, dom Pedro recebeu um abaixo-assinado que pedia sua permanência no Brasil. Contrariando as determinações das Cortes, decidiu ficar. Sua decisão marcou o Dia do Fico, momento importante na última fase da independência brasileira. Em maio do mesmo ano, dom Pedro assinou uma portaria estabelecendo que só seriam seguidos os decretos das Cortes