Inconsciente e educação
Estudo Dirigido
1) A partir das leituras dos textos de Freud propostos na disciplina fica claro que já naquela época ele acreditava que a educação tem cumprido mal a sua tarefa causando às crianças graves prejuízos. Mesmo reconhecendo a necessidade de o educador receber uma sólida formação em Psicanálise; mesmo reconhecendo a necessidade de se realizar o que chamou de educação psicanalítica, Freud reconhece, também, que "a educação não deve ser confundida com a influência psicanalítica e não pode ser substituída por ela", pois a psicanálise não pode fazer o papel de educação e não pode ser considerada salvação para todos os problemas educacionais e sim pode auxiliar no maior conhecimento do funcionamento mental e inconsciente dos sujeitos envolvidos nesse processo.
2) A relação entre imagos parentais e os laços estabelecidos com nossos professores é bem clara visto que há uma apropriação sedutora do poder atribuído pelos alunos à professora. Este poder é dado em função da transferência. Freud afirma que a relação professor – aluno “arca com uma espécie de herança emocional, defronta-se com simpatias e antipatias para cuja produção esses próprios relacionamentos pouco contribuíram”. Os professores são figuras que substituem as imagos parentais e nesse processo de substituição, a criança revive com o adulto não familiar aquilo que vive ou viveu com os pais, conferindo a estas novas figuras o poder dado às antigas. Um exemplo dessa relação é o lapso de linguagem cometido pelos alunos ao chamarem a professora pelo nome das figuras mais familiares que conhecem: pai e mãe. Este lapso é um ato falho, que, do ponto de vista psicanalítico, exprime conteúdos inconscientes. Ao chamar a professora de pai/ mãe, o conteúdo inconsciente expresso é justamente a aproximação transferencial entre professora e pais, quando a intenção consciente era chamar a professora pelo seu nome. 3) A concepção do